tag:blogger.com,1999:blog-61443802781003910632024-02-08T10:07:55.257-08:00Dia da Consciência Negra no Brasil: 20 de Novembro House of Mercy Children's Home, Lagos, Nigeria (HOM)http://www.blogger.com/profile/12687079343688743063noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6144380278100391063.post-68221501406042192972022-12-30T22:51:00.000-08:002022-12-30T22:51:41.775-08:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WrZTwPHrBOGdO6V6eR9RMSfOcheJNlXbUta70qriZgk0stugCG4y4ADq_cYisJOGs3CBfvEil5mAIP3H3T7sJyRmN6p0AD0JlwmHxMUw4ZtjI6PhoegiUnNFZRUFG2dWvURgnio0eu65kIASNXOo-TfY0Hyx--N1XQOwxHZNARKJxb0CTqsHG4m4/s533/Zumbi-Dandara%20Nov%2020.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="533" height="381" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WrZTwPHrBOGdO6V6eR9RMSfOcheJNlXbUta70qriZgk0stugCG4y4ADq_cYisJOGs3CBfvEil5mAIP3H3T7sJyRmN6p0AD0JlwmHxMUw4ZtjI6PhoegiUnNFZRUFG2dWvURgnio0eu65kIASNXOo-TfY0Hyx--N1XQOwxHZNARKJxb0CTqsHG4m4/w482-h381/Zumbi-Dandara%20Nov%2020.jpg" width="482" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p class="MsoNoSpacing" style="margin-bottom: 0in; margin-left: 1.25in; margin-right: 1.25in; margin-top: 0in; margin: 0in 1.25in; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><i><span lang="PT-BR">Com um número estimado de 120 milhões de Afro-Brasileiros,
vivem no Brasil mais pessoas de ascendência africana do que em qualquer outro
país do mundo além da Nigéria, que tem uma população de cerca de 220,8 milhões
de habitantes. O dia 20 de novembro é comemorado no Brasil como Dia da
Consciência Negra, em homenagem a Zumbi dos Palmares. Figura icônica da cultura
afro-brasileira, Zumbi dos Palmares é considerado um símbolo de resistência à
escravidão e busca de emancipação, e líder do quilombo de maior sucesso na
história do Brasil. Ainda hoje, Zumbi e sua esposa, Dandara continuam sendo uma
fonte de força e inspiração para a grande população Afro-Brasileira do país,
que é o povo mais oprimido do Brasil.<o:p></o:p></span></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR"> </span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR">A Diáspora Africana no Brasil<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Embora os indígenas ou autóctones em
todos os continentes fossem Negros, o legado do colonialismo, escravidão,
imperialismo e neocolonialismo também resultou em uma diáspora africana que
abrange todo o globo.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Com um número estimado de 120
milhões de Afro-Brasileiros, vivem no Brasil mais pessoas de ascendência
africana do que em qualquer outro país do mundo além da Nigéria, que tem uma
população de cerca de 220,8 milhões de habitantes.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Dos 215 milhões de habitantes do Brasil,
mais da metade (56%) são Afro-Brasileiros.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Poucas pessoas conhecem a verdadeira
história da abolição da escravatura no Brasil. Na imaginação popular, chá de
caridade "libertou" as pessoas escravizadas e o mesmo mito é
veiculado na história oficial. </span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">O Brasil foi o último país do mundo
ocidental a abolir a escravidão dos seres humanos em 1888. Ao contrário do que
comumente se acredita, o fim da escravidão no Brasil não foi uma concessão do
império; foi um direito conquistado pela luta do povo Negro escravizado.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">A Lei Áurea, assinada em 13 de maio
de 1888, libertou apenas cerca de 5% da população escravizada. Os outros
ganharam a sua liberdade através de fugas e formação de quilombos, que eram
assentamentos criados para garantir a liberdade e a resistência; ou a
organização de irmandades para comprar cartas de emancipação.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">O Brasil foi construído sobre a
escravidão dos povos indígenas e de milhões de Africanos. Dos 12 milhões de Africanos trazidos ao Novo Mundo, quase a metade, 5,5 milhões de pessoas foram
levadas à força da baía do Benim ou da África Central para o Brasil já em 1540
e até a década de 1860. A escravidão no Brasil, como em outras partes das
Américas, foi brutal e horrível. Apesar disso, a crença de que a escravidão no
Brasil era menos cruéis do que em qualquer outro lugar ainda persiste hoje.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Por mais de três séculos, milhões de Africanos seqüestrados da região do Baixo Congo da atual República Democrática
do Congo e Angola, e seus descendentes, foram mantidos em cativeiro em todas as
Américas e forçados a fornecer o trabalho que geraria uma vasta fortuna para
seus captores.</span><b><span lang="PT-BR"> </span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Contudo, em cada um desses lugares
existiam quilombos que eram assentamentos fundados por Africanos que resistiram
ao regime de escravidão que prevaleceu no Brasil por mais de 300 anos. O maior
e mais poderoso deles era o Quilombo dos Palmares, que tinha uma população de
30.000 habitantes no seu auge.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Localizado entre os estados de
Alagoas e Pernambuco no nordeste do Brasil, Quilombo dos Palmares foi fundado
por Africanos no final do século 16 como resistência aos colonizadores e
escravizadores europeus.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Por quase cem anos, os Africanos do
Quilombo dos Palmares lutaram contra seus escravizadores, particularmente os
portugueses que tentaram colonizar o Brasil. Equipado com habilidades
organizacionais, militares e arquitetônicas eficazes, o Quilombo dos Palmares
também foi cercado por uma cerca alta feita de barro e palmeiras. Tinha três
entradas que eram protegidas por pelo menos duzentos guerreiros com armas e
munições para derrotar os colonizadores.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR">Zumbi dos Palmares <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Zumbi dos Palmares, descendente de
guerreiros Imbangala de Angola e um sagaz e habilidoso líder militar, era o
líder do Quilombo dos Palmares. Sua esposa, Dandara, que também foi lutadora e
defensora da libertação antiescravagista por mérito próprio, era a líder do
braço feminino do exército dos Palmares e ajudava a cuidar de crianças doentes,
idosos e feridos pelos escravistas . Durante anos, </span>Quilombo dos <span lang="PT-BR">Palmares foi defendido por
Zumbi e Dandara contra as expedições militares que pretendiam trazer fugitivos de volta à escravidão.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Traído por um de seus próprios,
Zumbi foi capturado e decapitado pelos portugueses em 20 de novembro de 1695.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Após o assassinato de Zumbi, várias
revoltas de pessoas reduzidas à escravatura, no Brasil foram registradas,
notadamente em 1807, 1809, 1813, 1816 e 1827.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">No entanto, a revolta mais
significativa ocorreu em 1835, no que ficou conhecido como Revolta dos Malês. A
Revolta dos Malês foi liderada por um grupo de homens Hausa e Yoruba, em sua
maioria muçulmanos, trazidos ao Brasil da actual Nigéria, Níger, Moçambique e Sudão bem como de outros países Africanos. A Revolta dos Malês também foi traída.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Da resistência de fugitivos e
quilombolas às associações religiosas negras, à busca incansável de pessoas
escravizadas pela liberdade legal, muitos outros, como Zumbi, morreram na luta
pela abolição da escravatura no Brasil.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Ainda hoje, Zumbi e Dandara dos
Palmares continuam sendo uma fonte de inspiração e um modelo para os
afro-brasileiros. A luta e a história de Zumbi são uma fonte significativa de
força e inspiração para a grande população Afro-Brasileira do país, que é o povo
mais oprimido do Brasil.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR">20 de novembro: Dia Nacional de Zumbi<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">O dia 20 de novembro é comemorado no
Brasil como Dia da Consciência Negra, em homenagem a Zumbi dos Palmares. </span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Figura icônica da cultura
afro-brasileira, Zumbi dos Palmares é considerado um símbolo de resistência à
escravidão e busca de emancipação, e líder do quilombo de maior sucesso na
história do Brasil.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">A idéia da celebração foi
originalmente idealizada pelo poeta e pesquisador afro-brasileiro Oliveira
Silveira (1941-2009). Antes de 1971, o governo brasileiro havia decidido
celebrar o dia 13 de maio a cada ano em memória da abolição da escravatura no
Brasil em 1888. Mas para Oliveira e muitos outros ativistas Afro-Brasileiros,
13 de maio não era um dia de celebração para os Afro-Brasileiros.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Quando a escravidão foi abolida em
1888, em vez de experimentar o oficialmente proclamado júbilo da liberdade, as
pessoas escravizadas enfrentaram uma catástrofe econômica. Elas foram
simplesmente deixadas aos destinos individuais, sem terra, sem dinheiro e sem
educação. E é aí que muitos dos descendentes de pessoas escravizadas ainda hoje
se encontram.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Embora em 1971, os Afro-Brasileiros
estivessem oficialmente livres por 83 anos, as condições de vida de muitos Afro-Brasileiros
não haviam mudado muito desde a era da escravidão. A cidadania plena e,
portanto, a verdadeira liberdade ainda não haviam sido oficialmente alcançadas.
Oliveira e seu grupo decidiram, portanto, escolher uma data mais simbólica para
a população Afro-Brasileira.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Em 1978, 20 de novembro foi
escolhido, por vários grupos de organizações de direitos civis Negros do Brasil
coletivamente conhecidos como Movimento Negro Unificado (MNU), para coincidir
com a data do assassinato de Zumbi dos Palmares em 20 de novembro de 1695.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Desde a abolição da escravatura em
1888, o Brasil não conseguiu lidar com os crimes que foram perpetrados durante
o tráfico de escravos. E as instituições de exclusão e o tecido social racista
do país falam da persistência da dominação racializada até os dias atuais. A
escravidão continua a existir em todas as formas e muitos Afro-Brasileiros
permanecem presos em um ciclo de violência e trabalho escravo - legados do
tráfico de escravos do Brasil.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">É uma triste realidade que milhões
de Afro-Brasileiros ainda vivem nas mesmas circunstâncias precárias que seus
antepassados enfrentaram há 134 anos. As favelas empobrecidas que povoam as
periferias das grandes cidades brasileiras são semelhantes às do século XIX e
os Afro-Brasileiros ainda não fazem parte integrante da sociedade brasileira.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Para a juventude Afro-Brasileira, o
Brasil não oferece outra perspectiva além do ciclo de violência que se enraíza
na era da escravidão - ou seja, a rebelião contra uma sociedade hostil e a
violência uns contra os outros.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR">Juntos, somos mais fortes<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Steve Biko (1946-1977), o fundador
do Movimento Consciência Negra e um dos líderes mais proeminentes na luta
contra o apartheid na África do Sul até seu assassinato em 1977, disse algo
pertinente em " Escrevo O Que Eu Quero : Uma Seleção de Seus
Escritos",</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 0.5in;"><span lang="PT-BR">Somos
oprimidos porque somos negros. Precisamos usar esse mesmo conceito para nos
unir e para dar uma resposta como um grupo coeso. Precisamos agarrar-nos uns
aos outros com uma tenacidade que vai espantar os que praticam o mal.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Infelizmente, as palavras de Steve
Biko ainda hoje continuam a ser muito relevantes como eram naquela época.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Dada nossa diversidade, como povo Negro
na África e na Diáspora, nem sempre estaremos de acordo em tudo. Entretanto, há
uma coisa que nos une a todos: nossa experiência compartilhada de trauma
histórico e as conseqüências psicológicas, físicas, sociais e culturais da
escravidão, do colonialismo, do apartheid e do neocolonialismo e,
consequentemente, nossa esperança comum de que o futuro será melhor do que
nosso passado.</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR">Portanto, devemos nos esforçar para
nos entender melhor, encontrar um terreno comum e superar as táticas de divisão
e conquista que vêm sendo utilizadas pelos colonizadores e opressores contra
nós há séculos. #JuntosSomosMaisForte</span> </p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT-BR"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=rXxbFeCuLno" target="_blank">Solidariedade com as Crianças Afro-Brasileiras</a></span></b><span lang="PT-BR">: Em 20 de novembro de 2022, Dia da
Conscientização Negra no Brasil, estendemos uma mão de solidariedade às
crianças Afro-Brasileiras, organizando um Programa de Alimentação Infantil.</span><b><span lang="PT"> </span></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="312" src="https://www.youtube.com/embed/rXxbFeCuLno" width="475" youtube-src-id="rXxbFeCuLno"></iframe></b></div><b><br /><span lang="PT"><br /></span></b><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="PT"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=XfkgAnVK_xk" target="_blank">Tráfico Transatlântico de Escravos</a></span></b><span lang="PT">: Em um esforço para honrar os sacrifícios
feitos por nossos antepassados e antepassadas que lutaram tão bravamente pela
abolição do Tráfico Transatlântico de Escravos (a bem-sucedida revolução
haitiana de 1804 e as incontáveis insurreições e revoltas a bordo de navios
contra a escravidão, incluindo os quilombolas/marrons) e para homenagear a
memória de milhões de almas desconhecidas que sofreram, morreram e agora estão
perdidas na história, publicamos um vídeo intitulado Tráfico Transatlântico de Escravos no Dia Internacional de Lembrança do Tráfico Negreiro e
da sua Abolição - 23 de agosto, 2019. #JamaisEsqueceremos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNoSpacing">Bunmi Awoyinfa</p><p class="MsoNoSpacing"><a href="https://www.homchildrenshome.org/" target="_blank">HOM </a></p><p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT">House of Mercy Children’s Home Lagos,
Nigéria (HOM) é uma ONG de base com foco na fome infantil, pobreza infantil,
crianças sem-teto, analfabetismo infantil e ajuda emergencial para crianças em
crise.</span> </p><p class="MsoNoSpacing">Enquanto tentamos mitigar os efeitos do
empobrecimento planejado sobre nossos beneficiários por meio de nossos
<a href="https://www.homchildrenshome.org/mission-statement/" target="_blank">programas</a>, também acreditamos que é uma questão de justiça
social abordar as causas profundas dos problemas da África e propor <a href="https://renascenca-africana.blogspot.com/" target="_blank">soluções adaptadas e eficazes</a>.</p><p class="MsoNoSpacing"><span lang="PT"> </span></p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNoSpacing">
</p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p></div><p><br /> </p>House of Mercy Children's Home, Lagos, Nigeria (HOM)http://www.blogger.com/profile/12687079343688743063noreply@blogger.com0